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30/09/2016

45 anos – Daniella Molina

Daniella Molina

“Minha história no Pentágono começou há 10 anos. Ouvi a seguinte frase de uma pessoa muito querida: “Estão precisando de professor de Espanhol lá no colégio em que eu trabalho, em Alphaville. Quer que eu leve o seu currículo?” Fiz a entrevista, a prova e fui selecionada.

Realizei o sonho de todo profissional: fiz carreira dentro da escola. Comecei como professora de Espanhol da Unidade Alphaville. Em seguida, assumi as aulas desta disciplina na Unidade Morumbi. Depois, assumi as aulas de Tutoria nas duas unidades e, por fim, as aulas de Formação Social nas três unidades do Colégio.

Sempre acreditei no papel transformador de um professor na vida de um aluno e, desde criança, sabia que nunca iria querer sair da escola; por isso, escolhi ser professora. Ainda aluna, sofri na mão de um professor que, ao perceber a minha dificuldade em sua matéria, não me ajudou e me expunha diante de meus colegas.

Assumi o compromisso de sempre estudar, não somente durante a minha Licenciatura, mas nos meus estudos de pós-graduações, para tornar a vida dos estudantes um lugar de conforto, aprendizagem, amor e garantia de sucesso.

No Pentágono, vivi momentos únicos: participei de concurso de crônicas, visitei instituições de caridade, viajei para outros países. Mas a coisa mais incrível que sempre fiz foi me relacionar com os alunos e as suas histórias, com esse universo paralelo da adolescência.

Quando fui convidada a assumir a Coordenação do Fundamental II da Unidade Alphaville, sabia que estaria diante de um grande desafio. Mas não me intimidei, pois tinha ao meu lado os melhores aliados do mundo: os meus alunos. Sempre mantive com eles uma relação de ética, respeito mútuo, transparência, confiança, limite e amor. Com eles desenvolvi projetos incríveis, viajamos, estudamos muito, fizemos pesquisas, debates, assembleias, coletas de água, intervalos musicais e interclasses.

Fui mestre, mas, por inúmeras vezes, fui e sou aprendiz. Cada história que escuto aqui, na minha sala, em um atendimento com as famílias, toda vez que um aluno vem até mim chorando porque se encontra com uma dificuldade e sai aliviado, e cada abraço que recebo no final do ano com a certeza do dever cumprido me dá a garantia de que tudo o que o meu pai me dizia não foi em vão. Ele sempre falou que você pode fazer o que quiser, desde que faça com dedicação, disciplina, honestidade e muito conhecimento.

Quando chego ao colégio, sei que o dia será bom, porque estarei cercada de minhas joias preciosas. São joias que amam esta escola, que valorizam o uniforme que vestem, que carregam dentro de si, assim como eu, os nossos cinco valores. Tingimos, juntos, nossos corações de azul e branco.

Somos todos pássaros da mesma árvore, como diz o hino do nosso colégio. Eu não me lembro muito bem como era a minha história antes do Pentágono, mas sei que, por ter vindo de uma cidade pequena, encontrei nessa escola o meu lugar de aconchego. Aqui me sinto em casa, sinto que tenho espaço para fazer aquilo a que me comprometi quando menina. Posso ser, junto aos demais professores, agente transformador na vida do outro.

Paulo Freire dizia: “ Ai de nós, educadores, se não sonharmos sonhos possíveis.”Então, eu agradeço a todas as pessoas que trabalham aqui no colégio por nunca desistirem de sonhar e acreditar que é possível ser assim, como nós somos, no Pentágono!”

Daniella Molina, coordenadora do Ensino Fundamental II da Unidade Alphaville.