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17/05/2017

Aulas de Geografia preparam cidadãos para o mundo. E isso é muito importante.

“No mundo contemporâneo, a China é a favor da globalização. E os EUA são contra.”

A Geografia pode ser, muito simplificadamente, definida como a ciência que estuda o espaço onde vive o homem. Esse espaço pode ser seu quarto, sua casa. Pode ser sua cidade, seu país. Pode ser o mundo. E, como diria o famoso compositor Renato Russo, “o mundo anda tão complicado”…

As relações geopolíticas entre os países já não são mais as mesmas. Economias entram em crise e saem dela com uma velocidade espantosa. Aliás, o mundo se transforma em uma velocidade espantosa.

A Revolução Tecno-Científica-Informacional, tão estudada pelo geógrafo brasileiro Milton Santos, trouxe transformações inimagináveis. Há 40 anos, não se imaginava tanta velocidade nos meios de comunicação. A Internet, os computadores, tablets e smartphones puseram à disposição de grande parcela da população uma grande quantidade de informações. E a vida ganhou outro ritmo.

A vida nos grandes centros urbanos do mundo contemporâneo pode ser definida em uma palavra: velocidade. As pessoas estão sempre apressadas, sempre correndo, sempre atrasadas. Têm mil atividades no seu cotidiano: trabalho, escola, academia, reuniões. O mundo tecno-científico-informacional exige que as pessoas sejam eficazes, inteligentes, qualificadas, informadas, polivalentes, bonitas, saudáveis, praticantes de atividades físicas, jovens, bem-sucedidas, viajadas, que tenham mente aberta e, se possível, que saibam cozinhar. Ufa!

Em que momento uma criança ou adolescente pode refletir sobre tudo isso?!

Nas aulas de Geografia!

Nas aulas de Geografia, os alunos veem a realidade sendo tratada como ciência. Outras áreas podem discutir a formação da sociedade e as relações que nela ocorrem. Mas, como foi muito bem lembrado por Silva (2017), só a Geografia trabalha esses temas em diferentes escalas para a utilização e compreensão dominadora da realidade em que vivemos, em qualquer nível de detalhe: interplanetário, mundial, continental, nacional, estadual, municipal, local e doméstico, nos âmbitos espaciais; o mesmo ocorre nos âmbitos cronológicos diário, semanal, mensal, anual ou secular. Ou seja, somente a Geografia faz a leitura da sociedade considerando as diferentes escalas de espaço-tempo.

Além disso, também é somente a Geografia que faz a análise do comportamento dos fenômenos naturais que, muitas vezes, tornam-se catastróficos ao homem. Através do estudo da Geografia Física na escola, do estudo dos diferentes climas, relevos, solos e vegetação, o jovem pode compreender que o homem faz parte da natureza e está integrado a ela, e identificar o comportamento dos diversos ambientes que interessem e garantam a presença do homem (Silva, 2017).

Outras duas frentes que a Geografia engloba e que são importantíssimas para o jovem estudante compreender o mundo em que vive são a questão ambiental e a cartografia. Na primeira, o aluno pode relacionar causas e efeitos, analisar, criticar e, quem sabe, propor soluções voltadas ao desenvolvimento sustentável e ao uso consciente de recursos naturais. Quanto à cartografia, tão importante quanto ler, interpretar e analisar diferentes mapas, é o aluno saber usar as ferramentas digitais “geotecnológicas”: celular, GPS, mapeamentos digitais, Uber e Google Maps, entre outras.

No Colégio Pentágono, todos os professores que trabalham com Geografia, do Ensino Fundamental I ao Ensino Médio, são formados para a análise dessa nova concepção de mundo. Para o aluno do Pentágono, os textos informativos não são apenas informação, são indicadores de análise; os mapas não são vistos, são analisados; as imagens não são observadas, são discutidas.

Para o aluno do Colégio Pentágono, o mundo continua sendo complicado, mas as soluções para o futuro são possíveis.

Fabiana Pegoraro
Coordenadora de Geografia do Colégio Pentágono