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24/04/2018

Respeito é bom e eu gosto!

Diversidade é a bola da vez. Ainda bem, pois o mundo está ficando cada vez mais complexo e a possibilidade de discutir questões sobre as novas relações entre os seres humanos é muito saudável.

Por diversas razões, que não vamos detalhar neste texto, em todo o mundo, muitos habitantes estão deixando seu território de origem e tentando recomeçar suas vidas em outros países. Esse fenômeno possibilita o encontro e o convívio de diferentes culturas, costumes e religiões, e acentua a necessidade de prepararmos nossas crianças para essa realidade. A humanidade passa por grandes desafios e precisa aprender a lidar com o diferente.

Em todas as situações em que há novas conformações sociais, observa-se que, quando o respeito, a solidariedade e o amor prevalecem, a comunidade tem muitos benefícios.

O Colégio Pentágono tem um trabalho bastante consistente em relação às competências socioemocionais e, desde a Educação Infantil, nossos alunos são incentivados a reconhecer e conviver harmoniosamente com as diferenças.

Todos os seres vivos, dos mais simples aos mais complexos, são dotados de um sistema de reconhecimento dos seus iguais; é a natureza trabalhando para a preservação e a perpetuação das espécies. Estranhar o diferente faz parte do processo de sobrevivência. É muito natural que alguns bebês “estranhem” rostos que não lhes são familiares. Esta é uma forma de se proteger dos perigos. Como somos humanos e desenvolvemos a cultura e a educação, aprendemos que o diferente nem sempre nos ameaça e, pelo contrário, podemos conviver e compartilhar nossas experiências.

Se considerarmos cada uma das famílias de nossos alunos, vamos observar uma variedade significativa nos costumes, nas religiões, nas raças de origem, mas essa diversidade favorece o bom desenvolvimento das crianças, pois o convívio respeitoso possibilita exercitar a flexibilidade cognitiva, uma das competências socioemocionais mais requisitadas no mundo globalizado em que vivemos.

Saber conviver com o diferente não quer dizer que as crianças tenham que abandonar os valores familiares. Muito pelo contrário, a família sempre será o ponto original de apoio, mas eles estarão mais fortalecidos para lidar com os desafios do mundo contemporâneo.

A empatia, outra competência muito importante, possibilita se colocar no lugar do outro para compreender como ele se sente, porém, não significa se tornar o outro.

Mais do que nunca, escola e família precisam estar alinhadas nos valores relacionados ao respeito e ao combate ao preconceito, para que as crianças continuem se indignando, como aconteceu no episódio abominável, em que um adulto atacou covardemente a filha de atores brasileiros, pelo simples fato de ela ter origem africana. Nossas crianças desaprovaram, ainda bem!

Heloisa Porto Alegre
Orientadora Educacional do Colégio Pentágono