Abordagem das Disciplinas
Língua Portuguesa, Redação e Literatura
Essa compreensão equivocada torna-se o empecilho para o desenvolvimento da competência escritora dos alunos e para a fundamental inserção deles como agentes em nossa sociedade. Nesse sentido, dois problemas centrais saltam aos olhos: o primeiro é que a produção de texto, vista como mera avaliação, retira do aluno o sentido da escrita, pois, além de ter como interlocutor apenas o seu professor – o que é inverossímil – visa exclusivamente a uma nota. Ora, como esperar que um indivíduo, após o percurso do ensino básico, consiga produzir um bom texto quando exercer uma atividade profissional, tiver a interlocução de uma autoridade pública ou precisar divulgar um artigo em algum meio de comunicação? O entrave parte do fato de os professores e as escolas em geral, ainda hoje, considerarem o aluno um ser passivo, deixando de nele desenvolver a noção de que deverá atuar como agente na sociedade, o que pressupõe envolvê-lo, durante sua formação, em afazeres concretos do mundo real. No Colégio Pentágono, consideramos a produção de texto um poderoso instrumento formador. No processo de elaboração e reformulação de cada uma das redações, proporciona-se não somente o debate entre os estudantes – assegurando-se a interação das múltiplas vozes do “mundo social” –, mas também a criação de cenários reais, interdisciplinares e atuais, de modo a tornar o processo muito mais significativo. Assim, dá-se a eles a possibilidade de se inscreverem de fato como os novos agentes da sociedade e de se tornarem responsáveis pelas mudanças sociais de que tanto precisamos. As disciplinas de Língua Portuguesa e Literatura fornecem as condições para que os alunos se desenvolvam como leitores hábeis e críticos, produtores de texto autônomos e criativos, além de ouvintes atentos e respeitosos e falantes fluentes e desenvoltos. Ancoradas no ser humano, na realidade e na vida, essas disciplinas constroem tais competências apoiando-se no estudo dos gêneros textuais, focando os textos em sua função social e em sua diversidade. A eles, alia-se o trabalho com diversas linguagens não verbais, que inclui filmes, imagens, fotos, histórias em quadrinhos; interpretação de mapas, tabelas, gráficos, folhetos, cartazes; ao lado de peças de teatro e músicas. Como entendemos a escrita como um trabalho que envolve ação e reflexão, propomos aos alunos que leiam textos-modelo e que escrevam textos e depois, como leitores, criticamente os reescrevam. Entre esses dois momentos, a intervenção do professor traz o diálogo e a reflexão sobre os fatos da língua, com a finalidade de descobrir suas regularidades e elaborar regras para compreendê-las, ou perceber as irregularidades e memorizá-las, possibilitando dessa forma o avanço e a melhora nas produções. O objetivo é, enfim, formar alunos cientes e conscientes de suas intenções e ações, hábeis na seleção do texto adequado para narrar, descrever, expor, argumentar, relatar e poetar; cidadãos críticos, criativos e reflexivos capazes de ler a realidade e posicionar-se frente a ela, transformando-se e transformando-a.
Matemática
A excelência em educação matemática requer altas expectativas A Matemática, como área do conhecimento humano, desempenha papel importante na formação dos alunos, desde os anos iniciais até o final do ensino médio. Sem dúvida, seu ensino se justifica pelo caráter instrumental e aplicado e que tem sido a ênfase de seu estudo na escola, desde que a sociedade criou esse espaço para transmitir às novas gerações os conhecimentos considerados valiosos em cada cultura. No Colégio Pentágono, essa área do conhecimento assume todas as suas concepções, colocando-se também como ciência, com características próprias de pensar e de investigar a realidade, como linguagem para descrever essa realidade e permitir o pensar sobre ela e como conjunto de conhecimentos dos quais se servem as demais ciências humanas e da natureza para desenvolver seus modelos e para analisar informações. Além disso, no ensino da matemática nos anos finais do ensino fundamental existe um cuidado especial em desenvolver o pensar em matemática pela proposição de situações em que os alunos são constantemente incentivados a buscar informações, estabelecer possibilidades, testar hipóteses, tomar decisões, construir argumentações. Ainda existem (e são fortes) alguns mitos e crenças como o de que a matemática é algo para quem tem dom, para quem é geneticamente dotado de determinadas qualidades, ou o de que é preciso ter certo capital cultural para transitar no universo matemático. Essas crenças se contrapõem às propostas que defendem que todos os alunos podem fazer Matemática em sala de aula, que são capazes de construí-la, produzi-la, engajando-se no processo de produção de seus conhecimentos matemáticos. Dominar a Matemática, de acordo com o currículo de cada um dos anos do Ensino Fundamental, é acessar um conjunto de competências e habilidades matemáticas associadas a diferentes ações: raciocinar, representar, comunicar, argumentar, resolver e formular problemas, levantar hipóteses, raciocinar e criticar. Certamente, tudo isso vem aos poucos e aplicado aos diferentes contextos. Nosso objetivo, na organização do ensino de matemática no Colégio Pentágono, de modo alinhado às recomendações da BNCC e demais documentos oficiais, é preparar nossos alunos para o letramento matemático. De acordo com a Matriz do Pisa 2012, o letramento matemático, como base para a proficiência matemática é “(…) a capacidade individual de formular, empregar e interpretar a matemática em uma variedade de contextos. Isso inclui raciocinar matematicamente e utilizar conceitos, procedimentos, fatos e ferramentas matemáticas para descrever, explicar e predizer fenômenos”. O letramento, assim como utilizado na área das linguagens, tem como perspectiva a aplicação real dos conhecimentos aprendidos, sendo bem-sucedido na tomada de decisões necessárias socialmente. Entretanto, a Matemática também deve ser entendida como uma ciência que desfruta de caráter puro e, que, por isso nem sempre haverá a possibilidade de aplicá-la a situações do mundo real. Nessa concepção, oportuniza-se ao aluno a compreensão e a aprendizagem de conteúdos e habilidades que não estão contemplados na BNCC, mas que são tradicionalmente cobrados pelos principais vestibulares de São Paulo e pelo ENEM, uma vez que a realidade dos nossos alunos é participar de processos seletivos bastante concorridos ao final do Ensino Médio. A transição da primeira para a segunda concepção se intensifica quanto mais os alunos se aproximam do Ensino Médio. Usamos, além de propostas envolvendo aulas expositivas, novas metodologias para as aulas de Matemática como: trabalho em grupo, pesquisas com aula invertida, uso de tecnologias para modelagem etc. As habilidades são trabalhadas com foco na resolução de problemas e exercícios de aplicação sem perder, no entanto, o foco na prática e na aplicação a situações do mundo real. Entende-se que tendo empregado tais conceitos na prática, os alunos adquiram um conhecimento mais profundo e mais adequado às demandas do século XXI.
de equidade e forte apoio a todos os estudantes.
(NCTM, 2000, p.12)
Ciências e Biologia
Ciências (1º ao 9º ano EF) Por meio do domínio do campo científico e de suas diversas linguagens, o aluno desenvolve uma postura científica que potencializa suas relações com a Natureza. Partindo do meio onde vive (casa, trajeto casa-escola, escola, bairro, cidade, campo, mundo), o aluno é estimulado a observar, descrever de diferentes formas, inferir, comparar, estabelecer semelhanças e diferenças, formular hipóteses, propor experimentos, analisar resultados, concluir, extrapolar conclusões e sentir-se como parte integrante da Natureza. Ou seja, torna-se capaz de aplicar o método científico ao seu dia a dia e às situações mais próximas de seu universo cultural. Além do conhecimento científico, fatores como idade, identidade social e cultural e desenvolvimento cognitivo devem ser considerados para que a aprendizagem seja realmente significativa no ensino de Ciências e Biologia. Biologia (Ensino Médio) Há pouco tempo, o ensino de biologia era baseado em aulas expositivas, com mera transmissão de conhecimentos científicos adquiridos e acumulados pela sociedade, tidos como verdade científica e, portanto, inquestionáveis. Hoje é fundamental a participação ativa do estudante no aprendizado da Biologia. Esse processo veio com a renovação na forma de abordar conteúdos. As atividades práticas e aulas com diferentes estratégias didáticas, como a metodologia ativa, possibilitaram a compreensão de conceitos e processos biológicos, que somente com a vivência do método científico não era suficiente. Os padrões de desenvolvimento mundial não levaram em conta as condições do ambiente que nos cerca e das condições de sustentabilidade que este mesmo ambiente oferece, sendo assim, estes assuntos são cada vez mais frequentes em nossos currículos e a abordagem interdisciplinar nas Ciências da Natureza e entre outras áreas do conhecimento é fundamental para a compreensão desse desenvolvimento. Ao longo do EM, pretendemos aprofundar competências e habilidades trabalhadas ao longo do EF-AF. O aluno continua a ser estimulado a observar, descrever de diferentes formas, inferir, comparar, estabelecer semelhanças e diferenças, formular hipóteses, propor experimentos, analisar resultados, concluir, extrapolar conclusões e sentir-se como parte integrante da Natureza. Ou seja, torna-se capaz de aplicar o método científico ao seu dia a dia e às situações mais próximas de seu universo cultural.
O caráter transformador da escola é determinado pelo nível de consciência científica – técnica, crítica e criativa – e instrumentação que seus alunos venham a alcançar para assumirem, de fato, seu papel na história e na sociedade. Sem competência científica e ética não há competência educacional, nem transformação social, tampouco a preservação do meio ambiente.
Física e Química
Física e Química (9º ano e Ensino Médio) Laboratórios – As atividades práticas nos laboratórios do Colégio Pentágono tem como objetivo ir além da observação direta das evidências e da manipulação dos materiais de laboratório: oferecem condições para que os alunos possam levantar e testar suas ideias e hipóteses sobre os fenômenos científicos a que são expostos, ou seja, são aulas investigativas. Em resumo, a aulas práticas são concebidas como investigações coletivas sobre situações problemas em que o professor é o orientador de pesquisa experiente que auxilia os alunos na busca de respostas para a resolução dos problemas. 2021:
O estudo da Física e da Química, como as demais disciplinas, é focado num aprendizado significativo e contextualizado. Das questões mais simples como o movimento de queda dos corpos, o funcionamento do olho humano, a utilização pela indústria dos conservantes dos alimentos, a utilização do álcool como combustível em automóveis, até fenômenos mais complexos, são trabalhados do ponto de vista qualitativo e quantitativo em toda a sua abrangência. Dessa forma, preparamos nossos alunos para a compreensão do mundo científico e suas implicações ambientais, políticas, econômicas e sociais, sem perder o foco dos conteúdos exigidos nos grandes vestibulares nacionais.
Física: Optamos por iniciar, logo no 9º ano, o ensino de Física. Com isso, criamos diálogos com a Matemática e contextualizamos o uso de funções ao descreveremos movimentos, como a queda de corpos na superfície terrestre. No Ensino Médio, aprofundamos o estudo da mecânica e percorremos todos os outros tópicos de Física clássica com viés contextualizado, que traga descrições adequadas de fenômenos e equipamentos do cotidiano, como a formação de arco-íris, o funcionamento de motores a combustão, instalações elétricas e hidráulicas de residências etc. Finalizamos este estudo contemplando tópicos de Física Moderna e Contemporânea, que proporcionam aos alunos um contato com a Teoria da Relatividade, Física Quântica e Física Nuclear. Desta forma, capacitamos os estudantes a entenderem o funcionamento de reatores nucleares, exames de tomografia por emissão de pósitrons e o GPS. Ao estudarem o comportamento não intuitivo de partículas subatômicas descrito pela mecânica quântica, colocamos em conflito concepções clássicas acerca do comportamento da natureza e repensamos a idéia de um modelo científico.
Dessa forma, capacitamos nossos alunos para além dos conteúdos exigidos pelos exames vestibulares em nosso país, fazendo um estudo detalhado não só dos fenômenos ao nosso redor como uma reflexão sobre a concepção de ciência em si.
História e Atualidades
História Além dos conteúdos históricos, a área valoriza, esclarece e exercita os procedimentos de estudo – leitura, escrita, registros e oralidade – que estimulam a autonomia intelectual dos alunos e, consequentemente, instrumentaliza-os para o bom desempenho nas avaliações internas e externas.
O Colégio Pentágono entende que o estudo da História, ao possibilitar diálogos com diferentes grupos e sociedades nos seus diversos tempos e espaços, é essencial para desenvolver a empatia, compreender a multiculturalidade, respeitar a diversidade e promover uma consciência socioambiental – aspectos fundamentais para que os alunos tenham uma postura ética perante as questões apresentadas pela vida.
Atualidades (Ensino Fundamental – Anos Finais)
Nas aulas de Atualidades do Ensino Fundamental – Anos Finais, os alunos estudam importantes temáticas do Brasil contemporâneo, com o objetivo de construir narrativas que respeitem e promovam os direitos humanos e a consciência socioambiental. Ao longo desse processo de aprendizagem, os estudantes realizam diferentes atividades em grupo e, com isso, desenvolvem a autonomia e exercitam a empatia, o diálogo e a cooperação – aspectos centrais para a formação do indivíduo no mundo em que vivemos.
Geografia
A ciência geográfica é fundamental para que o ser humano entenda o espaço ocupado e criado por ele, assim como as relações que o perpassam. Um mundo de informações geográficas vem ao encontro dos estudantes fora das salas de aula. Política e economia fazem parte do cotidiano. As grandes transformações ocorridas nos últimos anos exercem uma influência sobre a divisão tradicional do mundo em blocos geopolíticos. Discutir ecologia ou questões ambientais é primordial. O homem conquista cada vez mais o espaço, integrando de modo intenso a natureza e as sociedades, o que requer um ensino cada vez mais inteligente e renovado. Para o desenvolvimento dos temas geográficos há a preocupação de contextualizá-los, levando o aluno a refletir, ser crítico e comparar dados e situações, observando-se como cidadão, não só de seu país, como do mundo.