17/09/2015

Bullying e Cyberbullying

O princípio do respeito mútuo é a base de todo trabalho contra o bullying no Colégio Pentágono. Desde pequenos os alunos vivem práticas que valorizam o respeito ao outro.

Os alunos do 6º ano realizam um projeto específico sobre o bullying, nas aulas de Formação Social.  É o momento em que crianças de 10 e 11 anos dessa série se responsabilizam pela campanha antibullying no colégio.

Na aula inicial sobre o tema, fazemos a pergunta: “Quem já sofreu bullying?”. Muitas mãos se levantam, todos querem participar. Contam o que sentiram, dão nome aos sentimentos que ainda estão na memória:  humilhação, tristeza, exclusão. Logo depois, fazemos outra pergunta: “Quem já fez bullying?”. Eles se entreolham, logo todos querem contar. E vão relatando os apelidos que deram, as humilhações que fizeram, as exclusões que praticaram. Começam a pedir desculpas uns aos outros, reconhecendo-se como autores das ações de bullying relatadas.

Na conclusão da aula, a chamada regra de ouro tem novo significado, porque agora foi vivenciada: não fazer aos outros o que não quer que façam conosco. Neste momento, para não banalizar, explicamos que nem todo conflito é bullying, se as agressões não são intencionais e repetitivas, não é bullying.

Na sequência, vão ao laboratório de informática para produzir cartazes antibullying que serão colocados em pontos estratégicos do colégio.

O Colégio Pentágono tem regras claras contra o bullying. Cada caso é analisado pela equipe pedagógico-educacional e envolve sempre uma reparação, que pode ser seguida de sanções como advertência ou suspensão. O combate a ele deve ser constante e devemos ficar alertas aos primeiros sinais.

Nos últimos anos, tem surgido o fenômeno do cyberbullying. As redes sociais possibilitam que xingamentos, ofensas e apelidos se alastrem rapidamente, tornando o bullying mais doloroso. Como o espaço virtual é ilimitado, o poder de agressão se amplia e a vítima se sente impotente.

O que acontece fora dos muros da escola entra pela tela dos aparelhos e a escola tem que atuar.

Em casos de bullying e cyberbullying o Pentágono atua com a vítima, com o agressor e com as testemunhas.  As famílias são chamadas para trabalhar em parceria e coerência. Para nós é importante o trabalho educacional com o aluno que diz: “Eu só curti”. Quando alguém curte ou compartilha uma gozação a um colega, está sendo conivente e concordando com a agressão. Este aluno tem que compreender que precisa reagir, sem medo de correr o risco de se tornar a próxima vítima, ou não ser mais aceito pelo grupo.

Adriana Giorgi Costa
Orientadora Educacional do Colégio Pentágono
Coordenadora do Núcleo de Orientação Educacional da Rede Pentágono