Dica de Leitura – Agosto 2018
Até 6 anos
Max, o corajoso
Autor: Ed Vere
Editora: Companhia das Letrinhas, 2014
Max é um gato muito corajoso. É por isso que ele odeia quando as pessoas o chamam de “gracinha” ou amarram um laço no pescoço dele – afinal, uma fita cor-de-rosa não cai bem para um gato que não tem medo de nada!
Então, para provar a sua braveza, Max decide virar um grande caçador de ratos. Mas o único detalhe é que, na verdade, ele nunca fez isso antes e, agora, vai ter que descobrir o que é um rato antes de começar a sua caçada…
Por que ler para o seu filho?
O que é ser corajoso? Para Max, o gatinho protagonista dessa história curiosa, ser corajoso é tornar-se um grande caçador de ratos. Max irá se aventurar no desconhecido, contando com a ajuda de vários bichos, mostrando o lado positivo da determinação, seguido de companheirismo e empatia pelos outros. No fim, Max acaba descobrindo que não precisa ser corajoso o tempo todo e admite que é normal sentir medo, e esse talvez seja seu maior ato de coragem.
Ampliando o repertório!
No mesmo gênero, temos o livro Como ser um bom gato, de Gail Page. Ed. Brinque Book.
Ensino Fundamental I
Os amigos do Marcelo
Autor: Ruth Rocha
Editora: Salamandra, 2012
Neste livro, você vai conhecer melhor a turma do Marcelo, além de descobrir como é bom ter amigos de todos os tipos para se divertir, conviver e aprender.
São crianças como você! E o mais legal: no final do livro, você encontra muitas atividades e brincadeiras para fazer com seus amigos!
Por que ler para o seu filho?
Essa turma é muito divertida e criativa! Vai mostrar aos pequenos a importância dos amigos, de perceber como somos diferentes e, mesmo assim, convivermos em paz, além, é claro, das brincadeiras.
Ampliando o repertório!
No mesmo gênero, temos o livro A família do Marcelo, de Ruth Rocha.
Ed. Salamandra, 2011.
Ensino Fundamental II
Saudades de São Paulo
Autor: Claude Lévi-Strauss
Tradutor: Paulo Neves
Editora: Companhia das Letras
Ano de publicação: 1996
Uma cidade em que o gado convivia com carros e bondes nas ruas; em que construções moderníssimas despontavam no topo de colinas ainda rústicas; em que lençóis caseiros, pendurados nos varais, formavam o primeiro plano para o imponente edifício Martinelli. Essa era a paisagem que Claude Lévi-Strauss, então um jovem professor e fotógrafo nas horas vagas, encontrou e registrou fascinado entre 1935 e 1937, quando veio trabalhar na Universidade de São Paulo.
O mais célebre antropólogo da França fazia parte da “missão francesa” que incluía, também, o historiador Fernand Braudel, o geógrafo Pierre Monbeig e o filósofo Jean Maug. Ciente de que uma cidade é “como um texto que, para compreender, é preciso saber ler e analisar”, o antropólogo escreveu, em meados da década de 90, um depoimento memorável em que revisita essas imagens a partir do diálogo estabelecido com o arquiteto e pesquisador Ricardo Mendes, que, na época, trabalhava na Divisão de Pesquisas do Centro Cultural São Paulo. Construindo para as novas gerações o mapa de uma belíssima viagem no espaço e no tempo, esta edição reúne 53 fotos da capital de São Paulo e da Baixada Santista da década de 1930.
Ensino Médio
A guerra não tem rosto de mulher
Autor: Marjani Satrapi
Tradutor: Paulo Werneck
Editora: Quadrinhos na Cia
Ano de publicação: 2007
A história das guerras costuma ser contada sob o ponto de vista masculino: soldados e generais, algozes e libertadores. Trata-se, porém, de um equívoco e de uma injustiça. Se em muitos conflitos as mulheres ficaram na retaguarda, em outros, estiveram na linha de frente. É esse capítulo de bravura feminina que Svetlana Aleksiévitch reconstrói neste livro absolutamente apaixonante e forte.
Quase um milhão de mulheres lutaram no Exército Vermelho durante a Segunda Guerra Mundial, mas a sua história nunca foi contada. Svetlana Aleksiévitch deixa que as vozes dessas mulheres ressoem de forma angustiante e arrebatadora, em memórias que evocam frio, fome, violência sexual e a sombra onipresente da morte.
Pais
Maquinação do mundo: Drummond e a mineração
Autor: José Miguel Wisnik
Editora: Companhia das Letras
Ano de publicação: 2018
Numa viagem circunstancial a Itabira, cidade natal de Drummond, José Miguel Wisnik deparou com traços do passado e sinais contemporâneos que levaram à elaboração de Maquinação do mundo, um dos mais originais e envolventes livros de nossa crítica literária. Ensaísta de mão-cheia, Wisnik identifica na atividade mineradora uma questão crucial para um escritor apegado ao provinciano lugar de origem e, ao mesmo tempo, marcado por um sentimento cosmopolita do vasto mundo.
Ao descobrir um veio inexplorado pela bibliografia sobre um de nossos maiores poetas, José Miguel Wisnik pôs seu brilhantismo e erudição a serviço da imaginação crítica. Mobilizando vasto repertório da produção drummondiana, o ensaísta defende a atualidade dessa literatura no panorama atual, em que o espaço público se encontra em linha de faccionalização e a cultura deixou de ser baliza de autorreconhecimento da sociedade. Com Maquinação do mundo, Wisnik não apenas reposiciona a obra de Drummond como torna evidente a dimensão política de que a arte e a cultura se investem hoje.