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09/11/2017

Formação Educacional, direito de todos

O tema escolhido para a redação do ENEM 2017 gerou muita polêmica e as discussões foram acaloradas, especialmente nas redes sociais. Como tudo tem dois lados, o fato de surgirem posições contraditórias em relação à escolha do assunto nos faz refletir sobre conteúdos que revelam os nossos tendões de Aquiles, daí tanta falação. Assegurar educação de qualidade às pessoas que apresentam deficiências de qualquer tipo, como determina a lei, não é uma tarefa fácil e exige muita dedicação de quem a assume.

A dificuldade se torna mais complicada, pois não existe uma receita única para lidarmos com a diversidade. Podemos ser mais ou menos parecidos em nossas necessidades, mas nunca iguais. Cada um é um, com mais ou com menos carências em determinados aspectos da sua constituição de pessoa humana, tanto física como mentalmente.

À escola, lugar de socialização, inteligência e cultura, cabe a tarefa de educar de forma justa todos os seus alunos. Trabalho difícil, mas não impossível, desde que não assuma uma posição onipotente em relação a ele. Colaboração é a palavra-chave para se ter sucesso. Como acontece com todos os alunos, a parceria da família é fundamental e, no caso de deficiências mais acentuadas, a cooperação de profissionais que conheçam profundamente o caso em questão completa a força-tarefa que vai beneficiar a exploração de todo o potencial dessas crianças.

Aqui no Colégio Pentágono, temos um caso de sucesso que, por ironia do destino, encaixa-se perfeitamente no tema escolhido para a redação do ENEM. Nosso aluno, Rodrigo Rache, nota 1.000 na redação do ano passado do mesmo ENEM, deficiente auditivo, estudou conosco desde a Educação Infantil e teve de sua família e da escola o suporte necessário para realizar o seu sonho: ele, atualmente, cursa Psicologia. Além da família, da escola, da orientação dos profissionais que o atendiam, Rodrigo sempre foi um aluno muito aplicado, responsável e, principalmente, soube aproveitar tudo de melhor que a escola pôde oferecer a ele.

Rodrigo não é o único, temos outros batalhadores que também fizeram suas conquistas e, hoje, continuam sua jornada pela vida. Nós nos sentimos orgulhosos de tê-los encorajado e de termos conseguido dar o suporte necessário para o seu sucesso, mas reconhecemos que só o desejo da escola, da família e dos especialistas não seria suficiente. Acima de tudo, o esforço pessoal de cada um foi o motivo de “alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem”, conforme é seu direito.

Heloísa Porto Alegre
Orientadora Educacional do Colégio Pentágono